quarta-feira, 15 de setembro de 2010

As Bibliotecas de Nossas Escolas

Por Luiz Carlos Amorim - Escritor - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/

Andei visitando bibliotecas de algumas escolas, tanto estadual quanto municipal - a gente vai às escolas e acaba não passando pelas suas bibliotecas e isso é imperdoável - e constatei alguns fatos que passam desapercebidos pela gente, se não somos professores atuantes. Como sou professor, mas não estou na ativa, vou prestar mais atenção nas bibliotecas escolares daqui por diante.
Por exemplo: as escolas estaduais não têm bibliotecário, porque o estado não supre suas bibliotecas com esse profissional. O que há, nas escolas do estado, quando há, é um professor "readaptado" (e dedicado) que cuida da biblioteca e a organiza.
Depois disso, entendi porque, quando ia à escola estadual da minha cidade natal, pedia pelo bibliotecário para verificar quais livros meus já estavam no acervo da biblioteca daquela escola, para complementar com os que faltavam, e a diretora me dizia que ele não estava. Ela dizia que não estava, não que ele não existia, mas provavelmente não havia bibliotecário naquela escola. Podia até haver alguém que cuidasse dos livros, mas não era o profissional que eu procurava.Esperemos que o próximo governo que tomará posse no próximo ano resolva esse problema, pois nossos estudantes merecem ser bem atendidos nas bibliotecas de suas escolas. Não que não sejam em muitas delas, mas a verdade é que falta o profissional bibliotecário e as escolas têm que se virar para cuidar das suas bibliotecas.
Por outro lado, verifiquei que o estado e a União têm enviado livros às escolas. Vi vários livros com o selo do nosso estado, embora dentre todos, apenas três de autores catarinenses: os clássicos Cruz e Sousa e Luiz Delfino, que não podem faltar e Salim Miguel. Isso sem falar do livro do Tezza, comprado aos milhares pelo estado, distribuído aos alunos do segundo grau, por que era obra selecionada para o vestibular, e depois recolhido e mandado aos montes para bibliotecas municipais. A impressão que se tem é que não há mais escritores catarinenses além desses.
E vi, também, muitos bons livros infantis enviados pelo MEC, inclusive um de Mario Quintana, embora também não tenha visto nenhum exemplar infanto-juvenil de autor catarinense. E olhe que os temos, de muito boa qualidade, alguns de renome nacional.
A lição que ficou é que precisamos acompanhar mais de perto a evolução das bibliotecas das nossas escolas estaduais e as municipais também. Porque precisamos cobrar mais atenção do estado para com elas e dos municípios também.

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